Este projeto nasceu de uma tendência pulsante de troca e criação coletiva entre um grupo de mulheres de terras muito diferentes, com muitas camadas, etapas e ramificações, sempre nutridas pela generosidade, cuidado e reciprocidade.

Um projeto de pesquisa que cruza disciplinas e campos artísticos em experiências de vida que deu origem a colaborações muito inspiradoras e materializou diversas ações e intervenções, como residências artísticas em cinco espaços do Rio de Janeiro ao longo de um ano (MOVA, Casa Bejamin, Intrépida Trupe, Rampa, CCO), à realização de uma mostra de vídeo-dança e videoarte ou Cine Fluxo, intervenção performática na instalação de Isaac Julien - MAC, e três Workshops.

Através dessa pré-estreia celebramos tudo isso! As pessoas que irão credenciar e apoiar este trabalho de várias formas, e que se juntarão a um processo que ainda tem uma longa vida pela frente. Esse espírito, que nutre e conduz o ICÓ com todos os seus desafios, conflitos e precariedades, nos aproxima de outras histórias e mulheres, tão diferentes, negras, brancas, indígenas, fortes, corajosas, de várias tribos, que não compartilham seus saberes , conhecimento, visões de mundo, bem como integrar este trabalho.

Este espetáculo é o feito de múltiplas ancestralidades, uma certa atemporalidade, práticas, ritos e ciclos que apontam para um resgate e um reencontro com elementos que curam, que unem, que nos dão força vital para lutar em um momento global de caos, crise de afeto, guerras, genocídio, extrema desigualdade e exploração da terra. É para comemorar, alimentar e cuidar dos outros dois que dançamos aqui.

Ou o que significa viver hoje?

O bem viver é um modo de vida que os Guaranis chamam Tekó em sua cosmologia, este é "modo de ser e ser, é um sistema, é um costume, é um habitus"
eles chamam uma boa maneira de ser e viver no Tekó Porã: é uma experiência profunda que penetra o não ser e o não ser. Estar em um lugar que não é morada, experiência de vida mais compartilhada, mais aberta um ao outro, que caminha junto como um tekó katú: o jeito autêntico e legítimo de ser e com festas e rituais, com canto e dança, participar do toda a comunidade, que se fecha de forma concreta e tangível à reciprocidade de forma síncrona.

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Um projeto de projeto é um tempo de trabalhadores artísticos que vão se dedicar à construção de objetos, luz, cenário, registro, música, através de infinitas e significativas parcerias!

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Colaboração artística-  Esteban H. Esquivel
Music-  Daniel Santos
Light-  Dodô Giovanetti
Escultor: Luciana Cantisani
Fotografias, registros:
Marcelo Hallit t,  Rômulo Queiroz ,  José Eduardo Zepka ,Safira Moreira,  João Pedro Gasparian ,_cc781905-5cde-3194 -bb3b-136bad5cf58d_ Erick Borges , Caíque Melo,  Alice Nin ,  Liz Tibau ,_cc781905-5cdebb-3194-bb3b-cf18 Cooperd6bad5- cf18
Cenografia-  Marcelo Dargains