
Release CV
Esteban Hezkibel​
Dançarino, performer. Nascido na cidade de Mendoza, Argentina (01.11.87). Estudei na Universidade J. A. Maza, Licenciatura em Kinesiologia e Fisioterapia.
Cheguei em Buenos Aires com uma bolsa na Fundação Julio Bocca e ali iniciei meu trajeto itinerante na dança. No meu primeiro ano entrei no Teatro Colón e comecei minha formação no IUNA (Instituto Nacional de las Artes).
Nesta universidade também fiz parte da Cia. de Dança Contemporânea do IUNA, com a qual viajamos dentro e fora do país dançando em festivais com peças de diversos coreógrafos nacionais e internacionais.
Participei diversas vezes em festivais como: Festival COCOA, Ciudanza, Festival das universidades, FIBA, Formação Espectadores Festival, Festival Rojas Danza. Também fiz parte do “Proyecto Sur a Sur” onde a Cia. apresentou-se no teatro Avenida da cidade Maputo, Moçambique, África fazendo uma parceria da Univercidade Nacional de las Artes com o Festival de Dança Contemporânea FESTCOM.
Minha formação técnica é ultrapassada pelas artes marciais (Karate - Do, Aikido, Kung Fu); Técnicas somáticas (Alexander, Feldenkrais, Osteopatia); Yoga.
No meu desenvolvimento criativo criei a minha companhia Cia de Artes 4 Pies com a qual comecei a dar aulas e passar por processos criativos de pesquisa até chegar a concreção de duas peças, ambas com estreia no Espaço Cultural Julio Le Parc, em Mendoza-Arg.
No Brasil, em Rio de Janeiro, fiz assistência de direção da peça “ICO” do grupo Fluxfabric, trabalho de teatro-dança que aborda o tema da ancestralidade a partir de 4 mulheres de diferentes partes do mundo (Brasil, Rússia, Suécia, Hungria) a peça foi apresentada no Rampa, espaço que co-produz o espetáculo e re-estreia esse ano no teatro da FUNCEB em Salvador de Bahía. Aqui em São Paulo, fiz assistência de corpo para a peça MACACOS, que fala sobre racismo e genocídio negro no Brasil, e que no último ano, arrecadou mais de 5 prêmios, como Melhor Ator e Melhor Montagem, a qual nos levou como ganhadores no Festival de Teatro de Manaus/Amazonas de 2017.
Durante 2018 e parte do 2019 mantive-me num constante treinamento e intercâmbio com os coreógrafos Eduardo Fukushima e Beatriz Sano, com quem compartilhei os treinos e o montaje da obra "Imagine".
Como ator participei da curta “Top 10, lugares para visitar em São Paulo” dirigido por Akira Kamiki, trabalho pelo qual recebi a menção de melhor ator no Filmworks Film Festival São Paulo. Por outro lado, protagonizei o clipe “Da vida” de Marcio Lugo.
De volta na Argentina mantive-me ativo ditando seminários durante os meses de novembro e dezembro de 2019 no Espacio tiempo es arte, El ekeko cultural y Pedro Ap (Mendoza). Viajei para BsAs durante janeiro para participar na edição FIBA 2020. De regresso em Mendoza participei num seminário de 2 dias organizado pelo EME-Terapias y movimiento e comecei com práticas regulares no Teatro Independencia até que, por causa do Covid-19 frearam todas as atividades.
Em BsAs durante janeiro participei do FIBA, ambas oportunidades como intérprete das obras “Cumbia de Cámara” de Julia Gomez (2020) e “Paraíso artificial” de Luisa Ginevro (2021).
Em Mendoza criei e estreei a peça de video-danza “LOOP”, que viajou por festivais da Argentina e Brasil; Festival de Nuevas Tendencias (mza-ar); Festival Mova-se (manaus-br); Cuerpo En Escena (Santa Fe, ar); Festival Zonas de Compensação /UNESP/ (São Paulo). Em 2021 fui docente convidado pelo Ballet de Dança Contemporânea da Municipalidade da Cidade de Mendoza. Também estreei uma peça performática da minha autoria e interpretação titulada PROXIMIDADES na sala Ana Frank no marco de Reativar Teatro do INT (Instituto Nacional del Teatro).
2022 encontrou-me criando “Feria de Movimiento”, com um grupo de 12 pessoas com as quais fizemos diferentes cenas performáticas onde o público podia percorrer a casa e ir descobrindo as instalações para deixar de ser público e ser parte do que estava a acontecer. Em maio do mesmo ano, apresentei PROXIMIDADES dentro do Festival Transt Cuerpos Performers em Granada, España.
Atualmente mantenho-me na docência em aulas regulares no espaço O Rumo do Fumo em Penha de França, Lisboa.
A base da sua pesquisa é aprender a transitar o vazio para compor através dos encontros e articular o movimento que já existe antes de nomeá-lo, considerando
principalmente, a história e referência do outro e o reflexo em si onde conseguir ver-se,
relacionar-se e dialogar.
Como descendente indígena, intérprete do movimento, entendo a significância de criar, a partir da incorporação não somente dos movimentos senão o ecoar do que foi com aquilo que está a chegar, como principalmente, perceber a conexão que há em ser um artista do aqui e agora e assim potenciar o próprio complementando o que é urgente.